Mulher com deficiência ganha direito de participar de concurso público
Por TV Jornal
Reprodução/TV Jornal
O Tribunal de Justiça de Pernambuco concedeu dois mandados de segurança para que Maria Eugênia Bispo possa continuar a concorrer a uma vaga para escrivã da Polícia Civil de Pernambuco. Ela passou por algumas fases do concurso, mas teve o sonho de ingressar na corporação interrompido quando informaram que ela estava desclassificada por ter dificuldade para se locomover.
O que chamou a atenção foi que Eugênia estava concorrendo a uma das vagas para pessoas com deficiência. “Eu adaptei o meu atestado, eles aceitaram no dia, me deixaram fazer as provas, depois veio a reprovação”, disse Maria Eugênia, ciente de que esse é só mais um desafio a ser ultrapassado.
O advogado Mateus Pereira, que está acompanhando Eugênia no caso, disse que, em ambas as decisões,foi reconhecido o direito dela de continuar participando da concorrência. “Na prova do exame médico ela foi eliminada por ser pessoa com deficiência”, comentou o advogado. Ainda segundo ele, a postura adotada pela junta médica mostrou que as pessoas com deficiência estão sendo impossibilitadas de ingressar em um concurso público.
O caso
Maria Eugênia Bispo ficou paraplégica em 2013, após sofrer um acidente em uma academia de ginástica. Ela estava realizando um exercício na barra quando se desequilibrou e caiu. A queda rendeu uma lesão na medula e uma fratura na região lombar. Desacreditada pelos médicos, Maria Eugênia intensificou os trabalhos de fisioterapia e voltou a caminhar. Agora ela quer voltar a trabalhar.
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