terça-feira, 13 de junho de 2017

Deputado diz que Paulo Câmara nomeia aliados para formar palanque para 2018

Publicado por Amanda Miranda 

Duas semanas após a nomeação de quatro ex-prefeitos derrotados nas últimas eleições para cargos comissionados no governo Paulo Câmara (PSB), o deputado Álvaro Porto (PSD) criticou o espaço dado para os aliados pelo socialista em pronunciamento na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) nesta terça-feira (13). “Queremos e merecemos saber quando o governo vai deixar de culpar a crise pela sua ineficiência ao mesmo tempo em que superlota a máquina para formar palanque para 2018”, afirmou o parlamentar, que citou o Blog de Jamildo em seu discurso.
“Aliar-se ao governo tornou-se um bom negócio. Mesmo para quem está com pendências no Tribunal de Contas o cargo foi garantido. Isso mostra bem o critério usado nas nomeações”, ironizou o deputado.
Foram nomeados no último dia 31 os ex-prefeitos Ferdinando Lima de Carvalho (PSD), de Parnamirim; Luciano Torres Martins (PSB), de Ingazeira; Paulo Tadeu Guedes Estelita (PSB), de Vicência; e Antônio Auricélio Menezes Torres (PSB), de Cabrobó. Desde o início do ano, Paulo Câmara já havia acomodado outros aliados derrotados no ano passado, como Yves Ribeiro (PSB), ex-prefeito de Paulista e outras cidades da área norte da Região Metropolitana, que ganhou o cargo de gerente de assuntos estratégicos da Secretaria de Desenvolvimento Social.
“Se há tanto arrocho, o que explica a criação de espaço para ex-prefeitos no governo?”, questionou Álvaro Porto.
O deputado ainda afirmou que a base aliada de Paulo Câmara na Assembleia tenta “naturalizar  que há muito é condenável”. “Quando trouxemos o tema das contratações aqui, em março deste ano, governistas recorreram a clichês para minimizar o escândalo das contratações. Afirmaram que todo governo é composto por partidos e que a acomodação de aliados em cargos é algo que rege a política em todos os níveis”, disse. “Destacaram até que meu partido é governista e que se eu não fui contemplado com cargos era problema meu. Como se eu tivesse me filiado ao PSD em troca de cargos”.
O parlamentar lembrou que, em março, havia denunciado que os aliados nomeados para o Governo do Estado custavam R$ 2 milhões mensais aos cofres públicos. “As escolhas e as prioridades do governo estão bem claras. Solucionar problemas que se tornaram crônicos nestes dois anos e meio não se consegue. Todavia, para recorrer à estrutura da máquina estadual para abrigar ex-prefeitos e outros inúmeros aliados o governo esbanja eficiência.”

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