Polícia esclarece falso sequestro de adolescentes em Campo Grande

Com a conclusão das investigações, ficou esclarecido que a tia e as adolescentes cometeram o crime de denunciação caluniosa à Polícia

A PCPE realiza nesta terça-feira (16), uma coletiva na DPCA

Foto: Ezequiel Perino/TV Jornal

JC Online

Duas adolescentes de 12 e 14 anos e a tia delas cometeram o crime de denunciação caluniosa ao forjar o sequestro das meninas, em agosto deste ano, no bairro de agosto deste ano, em Campo Grande, Zona Norte do Recife. A Polícia Civil de Pernambuco realiza nesta terça-feira (16), uma apresentação da conclusão do caso, no Departamento de Polícia da Criança e do Adolescente (DPCA), na Madalena, Zona Oeste do Recife. Os detalhes serão apresentados pelo delegado Ademir Oliveira, titular da Unidade de Prevenção e Repressão aos Crimes Contra Crianças e Adolescentes (Unipreca).

Na época do caso, em 15 de agosto de 2018, a tia das meninas denunciou que três homens, em um carro preto, as sequestraram na saída da escola e as levaram para um local desconhecido, onde as meninas ficaram em cárcere privado por seis dias.

Em 21 de agosto, as duas irmãs foram encontradas nas proximidades da escola onde a mais velha estuda, em Campina do Barreto, bairro vizinho à outra unidade de ensino da irmã mais nova, segundo o delegado Ademir de Oliveira. Elas teriam sido liberadas por um comerciante, na época suspeito de tê-las levado em um carro.

Versão das garotas

As garotas chegaram a contar à polícia que o crime foi cometido por um amigo da madrinha de uma delas, para que a mais nova retirasse uma queixa de estupro contra ele. E que as vítimas detalharam que passaram seis dias em cárcere privado, em uma casa numa área deserta, se alimentando apenas de pão e água.

A madrinha da adolescente de 12 anos e o marido dela chegaram a prestar depoimento no DPCA. O marido da madrinha disse que chegou a desconfiar do comportamento do amigo da esposa com a adolescente.