Após três safras, moagem da cana volta a crescer no Estado
O resultado positivo vem da regularização das chuvas na Zona da Mata Pernambucana
Produção da moagem deve vir acompanhada do crescimento do álcool e do açúcar
Foto: Agência Brasil
Editoria de Economia
O setor sucroalcooleiro deve ter o primeiro crescimento depois de três anos de crise no Estado. O Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool no Estado de Pernambuco (Sindaçúcar) estima um aumento de 12% na produção da safra 2018/2019 em relação à safra passada. De acordo com a entidade, o índice positivo é resultado da regularização das chuvas nos primeiros meses deste ano, tendo sido os meses de janeiro e fevereiro mais chuvosos que nos cinco anos anteriores.
Nesta safra, as usinas pernambucanas devem moer 12,25 milhões de toneladas de cana-de-açúcar. A produção é a maior desde a temporada 2014/2015, quando o Estado moeu o equivalente a 15,12 milhões de toneladas.
“Consideramos que as condições climáticas do Nordeste nos últimos anos afetaram a produção. Apesar desse número denotar uma quebra no ciclo de queda, ainda não chegamos no patamar estimado de produção, que é de 15 ou 16 milhões de toneladas de cana”, explica o presidente do Sindaçúcar, Renato Cunha.
O resultado positivo deve vir acompanhado com a alta na produção do açúcar e do álcool em Pernambuco. A estimativa é de que as usinas produzam 834 mil toneladas de açúcar e 410 milhões de litros do combustível, com aumentos de 10,31% e 26,15%, respectivamente, em relação à safra passada, em que as colheitas resultaram em 754 mil toneladas de açúcar e 325 milhões de litros de álcool.
De acordo com o presidente da Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco (AFCP), Alexandre Lima, a prioridade para o etanol é resultado da alta no preço da gasolina, que fez o combustível ser mais competitivo no mercado.
BIODIESEL
O ministério de Minas e Energia publicou portaria com estímulos para a participação de pequenas usinas nos leilões de biodiesel. O objetivo é simplificar o processo dos leilões destinados à mistura obrigatória de biodiesel no diesel, além de assegurar a pluralidade no setor, evitar a concentração de mercado e criar mais empregos na cadeia de biocombustíveis, promovendo o desenvolvimento regional. A portaria determina que de 5% a 10% do volume total comercializado no leilão devem ser comprados de produtores de pequeno porte.
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