Sete dias após fim da greve, distribuição de gás não foi restabelecida

Por TV Jornal 

Clemilson Campos/Acervo JC Imagem

Uma semana após o encerramento da greve dos caminhoneiros, e a população ainda enfrenta dificuldades de comprar gás na Região Metropolitana do Recife. A aposentada Maria da Paz é uma dessas consumidoras, que agora precisa cozinhar no improviso.

Dentro de casa, a panela elétrica vem salvando as refeições, mas, para evitar a conta alta de energia, ela resolveu aderir a maneira mais simples: juntar gravetos no quintal para fazer fogo. “Quando eu não estava nessa agonia, fazia tranquilo. Mas quando começou a agonia de não ter gás de cozinha, eu fui para a lenha, por ser mais econômico”, explica.

No Porto de Suape, os portões continuam abertos para a entrada e a saída de produtos. No entanto, a carga com botijões de gás de cozinha que sai do local não está sendo suficiente para atender a toda a população e, quando chega às revendedoras, não demora muito para que o estoque se esgote novamente.

Em um posto de vendas em Brasília Teimosa, na Zona Sul do Recife, a fila parece não ter fim. Consumidores esperam desde a noite dessa terça-feira (5) para conseguir um botijão de gás. Fichas foram distribuídas para evitar o tumulto na hora da venda. No bairro do Cordeiro, Zona Oeste do Recife, a situação não é muito diferente. Os consumidores estão se revezando para não perder a vaga na fila e garantir a compra do produto.

Reprodução/TV Jornal

Reunião

Em reunião com a direção do Porto de Suape, no Cabo de Santo Agostinho, Região Metropolitana do Recife, representantes das cinco empresas de gás que atuam no complexo informaram que estão trabalhando em regime especial para a normalização do abastecimento nos próximos dias. Enquanto isso, os consumidores precisam aguentar a espera pela carga nas revendedoras.

Regras para a compra

Para tentar atender à demanda grande de pessoas em busca de gás de cozinha, o Programa de Orientação e Proteção ao Consumidor (Procon) estabeleceu regras para a compra dos botijões nas revendedoras. A orientação é que cada pessoa compre apenas um produto.

O órgão ainda recomenda que os consumidores que encontrarem preços abusivos na venda de botijões denunciem pelo número 0800 282 15 12.