quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

Goiana aposta no futuro com entrada na Região Metropolitana do Recife

Mudança foi oficializada no dia 9 e publicada no Diário Oficial do Estado nessa quarta-feira (10)

Município integrava a Mata Norte do Estado / Foto: Ashlley Melo/JC Imagem
Município integrava a Mata Norte do Estado
Foto: Ashlley Melo/JC Imagem
Editoria de Cidades

Melhorias nas áreas de mobilidade urbana e preservação ambiental, além de facilidade na obtenção de crédito e recursos. Para a Prefeitura de Goiana, esses são alguns dos benefícios da inclusão do município na Região Metropolitana do Recife. Antes, a cidade fazia parte da Zona da Mata Norte pernambucana. A mudança, esperada por mais de duas décadas pelos goianenses, foi oficializada na última terça-feira e publicada no Diário Oficial de ontem. A partir da Lei Nº 382/2018, sancionada pelo governador Paulo Câmara, o Grande Recife passa agora a ser formado por quinze municípios.


“Foi uma notícia muito gratificante, que veio em um momento em que o município não só queria, mas necessitava desta entrada na Região Metropolitana do Recife. De agora em diante, na vida de quem vive em Goiana, tudo muda”, comemorou o prefeito em exercício, Eduardo Honório Carneiro. Segundo ele, os destaques são para as áreas de transporte e meio ambiente. “Teremos rapidez no deslocamento da população até outros centros urbanos, como o próprio Recife, e no escoamento de produtos das várias empresas que temos na nossa cidade”, acredita.
As novas possibilidades, para ele, são muitas. A que mais deve impactar a população é a ampliação da oferta de transporte público. Atualmente, o município conta com uma única empresa de ônibus, a Rodotur, que também atua na Região Metropolitana via Consórcio Conorte. Além de horários e viagens limitadas, o serviço custa caro. Para se deslocar até o Recife, por exemplo, é preciso desembolsar R$ 12 e esperar cerca de uma hora de intervalo entre uma viagem e outra. De segunda a sábado, a operação encerra às 18h e, aos domingos, às 17h. “Se esse valor de R$ 12 cai para R$ 3, vai beneficiar muita gente”, destacou o prefeito em exercício.
Outra expectativa de melhoria diz respeito à preservação ambiental. Com a inclusão na Região Metropolitana do Recife, Goiana passa a contar com os serviços da Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH). “Esse é outro ponto muito gratificante, porque temos uma área verde – como a Área de Proteção Ambiental (APA) do Canal de Santa Cruz e os manguezais – e um litoral extenso e muito bonito. Agora, contaremos com a ajuda da CPRH para proteger nosso patrimônio natural”, salientou Eduardo Honório Carneiro.
Com a mudança, a cidade, localizada a cerca de 60 quilômetros da capital pernambucana, entra para o Conselho de Desenvolvimento Metropolitano, com voto do prefeito tendo peso 2 nas decisões (cada município tem um peso de voto, de acordo com sua população).

FINANCIAMENTO

A cidade de Goiana também passa a ter acesso ao Fundo de Desenvolvimento da Região Metropolitana do Recife. Antes, para conseguir financiamentos junto à Caixa Econômica Federal (CEF), o município era obrigado a recorrer ao intermédio de Caruaru, cidade no Agreste do Estado, porque não era metropolitano.
Goiana conta hoje com importantes empreendimentos, como a fábrica da Jeep e o complexo industrial da Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás). O município ainda é um importante polo canavieiro de Pernambuco.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o município tem 79.249 habitantes e uma área territorial de 445,810 quilômetros quadrados. A inclusão de Goiana na Região Metropolitana se deu a partir de uma emenda ao projeto de lei, proposta pelo deputado estadual Ricardo Costa (PMDB).
Com a mudança, a região passa a ser formada por quinze municípios: Abreu e Lima, Araçoiaba, Cabo de Santo Agostinho, Camaragibe, Goiana, Igarassu, Ilha de Itamaracá, Ipojuca, Itapissuma, Jaboatão dos Guararapes, Moreno, Olinda, Paulista, Recife e São Lourenço da Mata.

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