quinta-feira, 21 de março de 2019

‘Somente dentro da lei que se poderá fazer Justiça’, diz nota do PT sobre prisão de Temer

Partido considera o ex-presidente um dos ‘principais artífices do golpe do impeachment de 2016 e e da proibição ilegal a Lula de concorrer as eleições de 2018’

Nota é assinada pela presidente do PT, Gleisi Hoffmann / Foto: Valter Campanato/ABr
Nota é assinada pela presidente do PT, Gleisi Hoffmann
Foto: Valter Campanato/ABr
JC Online

O Partido dos Trabalhadores (PT) emitiu na tarde desta quinta-feira (21) uma nota sobre a prisão do ex-presidente Michel Temer, pela Lava Jato. O texto é assinado pela presidente do partido, Glesi Hoffmann, além do senador Humberto Costa e de Paulo Pimenta, líder do PT na Câmara.
A nota fala que “Temer assumiu a presidência em um golpe deplorável”, mas que espera que as prisões do ex-presidente de do ex-ministro Moreira Franco “tenham sido decretadas com base em fatos consistentes”.
O fato está sendo interpretado pelo PT como um “descarte” dos “principais artífices do golpe do impeachment de 2016 e e da proibição ilegal a Lula de concorrer as eleições de 2018”. Esse processo seria comandado pelo “sistema financeiro” e pelos “representantes dos interesses estrangeiros no país”.
Entre esses comandantes estaria o ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro, além da própria Lava Jato que, segundo o PT, “travam hoje uma encarniçada luta pelo poder contra o Congresso, o Supremo Tribunal Federal e a cúpula da PGR (Procuradoria Geral da República)”.


Leia a nota na íntegra

O Partido dos Trabalhadores espera que as prisões de Michel Temer e de Moreira Franco, entre outros, tenham sido decretadas com base em fatos consistentes, respeitando o processo legal, e não apenas por especulações e delações sem provas, como ocorreu no processo do ex-presidente Lula e em ações contra dirigentes do PT.
Temer assumiu a presidência em um golpedeplorável. Sua agenda no governo levou ao aumento da desigualdade e da miséria, no entanto  é somente dentro da lei que se poderá fazer a verdadeira Justiça e punir quem cometeu crimes contra a população. Caso contrário, estaremos diante de mais um dos espetáculos pirotécnicos que a Lava Jato pratica sistematicamente, com objetivos políticos e seletivos.
O que fica evidente é que, cumpridos os objetivos do golpe do impeachment de 2016 e da proibição ilegal a Lulade concorrer as eleições de 2018, seus principais artífices estão sendo descartados pelos que realmente movimentaram os cordéis: o sistema financeiro, os representantes dos interesses estrangeiros no país, com o apoio da mídia conservadora. Isso vale para a própria Lava Jato e seu comandante, Sergio Moro, que travam hoje uma encarniçada luta pelo poder contra o Congresso, o Supremo Tribunal Federal e a cúpula da PGR.
Gleisi Hoffmann, presidenta nacional do PT
Humberto Costa, líder do PT no Senado
Paulo Pimenta, líder do PT na Câmara

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