terça-feira, 30 de outubro de 2018

Mulher é morta por golpe de faca em Buenos Aires

O principal suspeito pela morte da mulher é o seu companheiro, que foi autuado em flagrante pela polícia

O caso ocorreu na zona rural de Buenos Aires, na Zona da Mata Norte do Estado / Foto: Reprodução/Google Maps
O caso ocorreu na zona rural de Buenos Aires, na Zona da Mata Norte do Estado
Foto: Reprodução/Google Maps
JC Online

Uma mulher foi morta a facada na noite dessa segunda-feira (29) em Buenos Aires, na Zona da Mata Norte de Pernambuco. De acordo com a Polícia Civil, Amanda Maria de Melo, 37 anos, foi assassinada pelo então companheiro, Severino Antônio da Silva, 30 anos, conhecido como ‘Vino’, após uma discursão na residência da vítima, localizada no distrito de Cana Fistula, na zona rural.
Segundo a Polícia Militar, o suspeito teria discutido com a mulher e a atingido com uma facada no ombro. Amanda chegou a ser socorrida por populares, mas não resistiu aos ferimentos, vindo a falecer na Unidade de Saúde do município.


Agentes do 2° Batalhão da Polícia Militar (BPM) chegaram à residência e deram início as buscas por Severino, que teria fugido após o crime. O suspeito foi capturado pouco tempo depois nas proximidades do local onde ocorreu o feminicídio.
Após ser encaminhado para a Delegacia de Plantão em Nazaré da Mata, também na Zona da Mata Norte, o suspeito afirmou que não foi responsável pela morte da companheira. Em depoimento, Severino admitiu a briga com a mulher, mas disse que a própria vítima teria se ferido com a faca.

Mas, diante do flagrante delito, o suspeito foi autuado pela Polícia Civil. Severino já está passando pela audiência de custódia. O caso ficará sob a responsabilidade da Delegacia de Buenos Aires.

Vingança

Após o crime, segundo a Polícia Militar, o irmão da vítima teria invadido a residência dos familiares de Severino armado. O homem estaria a procura do cunhado para vingar a morte da irmã.
Segundo a Polícia Civil, o irmão de Amanda estava usando uma espingarda quebrada com o intuito de ameaçar Severino. Ele foi encaminhado para a delegacia de plantão, ouvido e liberado, mas irá responder processo pelos crimes de ameaça e invasão de domicílio.

Homem é preso e adolescente apreendido com submetralhadora no Ibura

Eles foram presos após uma troca de tiros com a Polícia Militar; além da submetralhadora, eles estavam com uma granada

A PM também apreendeu 14 tabletes de maconha e duas balanças de precisão  / Foto: Divulgação/PMPE
A PM também apreendeu 14 tabletes de maconha e duas balanças de precisão
Foto: Divulgação/PMPE
JC Online

Um homem foi preso e um adolescente de 16 anos apreendido após troca de tiros com a Polícia Militar, na noite dessa segunda-feira (30), na Comunidade do Caique, no Ibura, na Zona Sul do Recife. De acordo com as informações, eles estavam com uma submetralhadora.


O efetivo do 19º Batalhão da Polícia Militar (BPM) foi acionado para coibir uma disputa existente entre duas organizações criminosas na comunidade. Ao chegar no local, os policiais foram recebidos com disparos de uma arma de fogo. Após a troca de tiros, a PM conseguiu prender um homem e apreender um adolescente.

Apreensão

Além da submetralhadora, foram encontradas uma granada, 14 tabletes de maconha, uma bambona de maconha e duas balanças de precisão.
O adolescente foi encaminhado para a Gerência da Polícia da Criança e do Adolescente (GPCA) e o homem foi levado para a Delegacia de Polícia de Boa Viagem, também na Zona Sul do Recife.

Polícia: Jovens criminosos apreendidos por roubo de celular em Goiana

Policiais Militares da 3ª Companhia Independente de Goiana apreenderam, na última quinta-feira (25), dois adolescentes infratores acusados de praticarem um assalto, no município de Goiana, na Região Metropolitanado Recife. A ação contou com a participação da GT de Crimes Violentos contra o Patrimônio (CVP) e GTI 3011, sob o comando do Sargento Bento.

Segundo informações obtidas pelo Blog do Anderson Pereira, os indivíduos identificados pelas siglas N.P.S. e I.S.N. foram detidos em flagrante na Rua Benjamim Constant, no centro da cidade, portando um simulacro de arma de fogo e dois aparelhos celulares roubados.

De acordo com a polícia, os elementos haviam subtraído os equipamentos eletrônicos de duas pessoas que estavam próximas da maternidade do Hospital Regional Belarmino Correia.

Ambos foram conduzidos para a 44ª DP, onde as vítimas reconheceram os autores do crime.

Blog do Anderson Pereira

Prefeitos já cobram R$ 28 bilhões do presidente eleito

Dinheiro deveria ter sido transferido pelo governo federal aos municípios para a conclusão de milhares de obras

Esses pedidos convergem com ideias em discussão na equipe de Bolsonaro / Foto: APU GOMES/AFP
Esses pedidos convergem com ideias em discussão na equipe de Bolsonaro
Foto: APU GOMES/AFP
Estadão Conteúdo

O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) mal acabou de comemorar a vitória e já recebeu um pedido de R$ 28 bilhões dos prefeitos. Esse dinheiro deveria ter sido transferido pelo governo federal aos municípios para a conclusão de milhares de obras paradas, mas a União costuma postergar o repasse desses recursos para o ano seguinte.
O presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Glademir Aroldi, já se reuniu cinco vezes com a equipe de Bolsonaro e vai retomar o diálogo nos próximos dias. "São restos a pagar da União, que nós chamamos de restos a receber", diz Aroldi, que vê no novo governo uma preocupação em resolver o problema.
Em seu discurso após a divulgação do resultado das urnas, Bolsonaro disse que as pessoas vivem nos municípios e que "os recursos federais irão diretamente do governo central para os Estados e municípios."
Além dos recursos para concluir obras paradas, a CNM negocia outras mudanças como por exemplo a chamada "transferência fundo a fundo", no qual o recurso federal é depositado diretamente em uma conta bancária da prefeitura. Com isso, seriam eliminados os trâmites burocráticos hoje existentes nos ministérios responsáveis pela obra e na Caixa, que atua como agente financeiro.
Outro item da pauta é o reforço da União no Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais de Educação (Fundeb) e a própria continuidade do fundo, previsto para acabar em 2020. Os prefeitos querem ainda assento nos diversos conselhos do governo federal e um diálogo permanente.
Esses pedidos convergem com ideias em discussão na equipe de Bolsonaro. Segundo um colaborador, a ideia é mesmo fortalecer as prefeituras para que elas liderem a retomada da atividade econômica e do emprego.
A nova divisão de recursos e responsabilidades seria amparada numa nova lei complementar, que já está em estudo. Ela regulamentaria o artigo 23 da Constituição Federal, que lista 12 tarefas de competência partilhada entre as três esferas de governo. Por exemplo, proteção do meio ambiente, programas de construção de moradias, combate à pobreza. Embora a Carta seja de 1988, essa questão até hoje não recebeu uma lei específica.
A falta dessa regulamentação gera uma descoordenação do setor público e prejudica a prestação de serviços aos cidadãos, comentou o professor Daniel Vargas, da Fundação Getúlio Vargas (FGV). "Não há clareza na divisão de competências."

O problema é que não há dinheiro para isso, segundo alerta o ex-ministro da Fazenda Mailson da Nóbrega. "A equipe econômica [DE BOLSONARO]está se iludindo com uma proposta que pode fazer sentido teórico, mas é desprovida de viabilidade fiscal", disse. "Não estão fazendo as contas."
Ele diz que, se forem somadas as despesas de pessoal, previdência, educação, saúde e juros, todas obrigatórias, o valor ultrapassa a previsão de receitas para o ano que vem. "Vão transferir o quê?", questionou.

Constituição

Número dois do Ministério da Fazenda quando a Constituição foi elaborada, Mailson lembra que a afirmação que "as pessoas vivem nos municípios" era repetida por políticos como Orestes Quércia e Franco Montoro. A Carta de 1988 elevou a transferência de recursos para prefeituras e governos estaduais, com a promessa de acabar com a política do "pires na mão". Mas, diz ele, não foi o que se viu.
Ele chegou a discutir com o então senador paranaense José Richa a possibilidade de incluir, na Constituição, a transferência de novas responsabilidades para os Estados e municípios: "Chegamos à conclusão que não tinha o que transferir."
Em defesa das prefeituras, Aroldi diz que o governo central transferiu muitas de suas responsabilidades aos municípios, na prática. Mas isso não é acompanhado dos aportes financeiros necessários. Ele acredita que a situação pode ser equacionada no novo governo. "Se não tem o dinheiro para resolver todos os problemas, precisamos ter cuidado para fazer mais com o pouco que tem."
Para Vargas, da FGV, a transferência de mais dinheiro não necessariamente vai resolver o problema dos municípios. Ele observa que eles vivem o "paradoxo da inacapacidade", ou seja, os que têm questões mais graves a resolver são os que têm menor capacidade de fazê-lo.
"Temos problemas muito graves para resolver, antes de criar novos", afirmou Mailson. Ele alerta que haverá uma "erupção" de Estados entrando em falência. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Desemprego cai para 11,9% no terceiro trimestre, aponta IBGE

Já a renda média real do trabalhador teve alta de 0,6% em relação ao mesmo período no ano anteiror

No trimestre anterior, a taxa de desemprego era de 12,4% / Foto: Agência Brasil
No trimestre anterior, a taxa de desemprego era de 12,4%
Foto: Agência Brasil
Estadão Conteúdo

A taxa de desocupação no Brasil ficou em 11,9% no trimestre encerrado em setembro, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados na manhã desta terça-feira, 30, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Com isso, o número de brasileiros sem ocupação baixou para 12,5 milhões, uma queda de 3,7% (ou menos 474 mil pessoas desempregadas).
O resultado veio igual à mediana das estimativas do mercado financeiro, captadas pelo Projeções Broadcast. Assim, o resultado veio dentro do intervalo das expectativas, que ia de 11,7% e 12,3%.

Em igual período de 2017, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 12,4%. No trimestre encerrado em agosto, o resultado ficou em 12,1%. No trimestre encerrado em junho, a taxa era de 12,4%.
A renda média real do trabalhador foi de R$ 2.222 no trimestre terminado em setembro. O resultado representa alta 0,6% em relação ao mesmo período do ano anterior.
A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ R$ 200,7 bilhões no trimestre encerrado em setembro, alta de 2,2% ante igual período do ano anterior.

Poderia ver um acordo comercial com o Brasil, em governo Bolsonaro, diz Trump

rump ainda disse ter falado a Bolsonaro que ''fica honrado'' com o fato de que ele é chamado por alguns de o ''Trump brasileiro''

Trump também voltou a questionar o comportamento brasileiro na área comercial, considerado 'duro' pelo americano / Foto: NICHOLAS KAMM / AFP
Trump também voltou a questionar o comportamento brasileiro na área comercial, considerado 'duro' pelo americano
Foto: NICHOLAS KAMM / AFP
Estadão Conteúdo

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou, em entrevista veiculada na noite de ontem pela rede Fox News, que existe a possibilidade de um acordo comercial com o Brasil, em uma futura gestão do presidente eleito Jair Bolsonaro. Durante a entrevista, Trump foi questionado sobre o telefonema com o político brasileiro. "Foi ótimo, tivemos uma ótima conversa por telefone", comentou Trump. Perguntado sobre a possibilidade de um acordo comercial, respondeu: "Sim, eu poderia ver isso acontecer."


Ao mesmo tempo, Trump voltou a questionar o comportamento brasileiro na área comercial. "O Brasil tem nos tratado de modo muito duro porque eles cobram tarifas muito grandes. O Brasil tem sido muito duro. Então, poderemos resolver isso", afirmou.

'Trump brasileiro'

Trump ainda disse ter falado a Bolsonaro que "fica honrado" com o fato de que o presidente eleito do País seja qualificado por alguns como o "Trump brasileiro".

segunda-feira, 29 de outubro de 2018

Vice de Bolsonaro descarta mais verba para setor militar

General aposentado também alertou que 'não será vice decorativo'

Mourão anunciou ainda um
Mourão anunciou ainda um "enxugamento" do número de servidores na Vice-Presidência
Foto: EVARISTO SA / AFP
Estadão Conteúdo

O general da reserva Hamilton Mourão (PRTB), eleito vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro (PSL), lamentou neste domingo, 28, o aperto no orçamento das Forças Armadas, mas reconheceu que não deve haver grandes alterações. "Da forma como está hoje, não há como a gente privilegiar as Forças Armadas. É o dilema da economia: canhão ou manteiga. Ou você privilegia as Forças Armadas ou você privilegia as outras coisas que o Brasil precisa, e as Forças compreendem isso", disse ele.
Mourão anunciou ainda um "enxugamento" do número de servidores na Vice-Presidência, hoje na casa de 140. "Eu já estou planejando enxugamento da vice. Tem muita gente ali. Se nós queremos passar uma imagem de austeridade, não pode ter muita gente. Temos de começar cortando lá", afirmou ele, pedindo que auxiliares estudem o caso e apresentem "uma linha de ação".
Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Mourão reiterou que "não será um vice figurativo, aquele que fica ali só para cumprir tabela, ou seja, substituir eventualmente o presidente". E ressaltou que o próprio Bolsonaro lhe disse querer "participação ativa". Mourão também afirmou que "não se arrepende" do que falou na campanha. "Não tem nada que eu tenha feito para agredir ou ofender as pessoas." Algumas afirmações feitas ao longo da campanha geraram polêmicas, como críticas ao 13.º salário.


Voo cancelado

Mourão chegou na noite de sábado a Brasília para votar e pretendia regressar ao Rio em voo marcado para as 15h30 de deste domingo mas a viagem acabou sendo cancelada. Depois de espera e discussão, de acordo com o general, ele foi realocado em outro voo, em outra companhia, saindo de Brasília apenas às 19h15 e chegando ao Rio depois do final do resultado das urnas. Antes do cancelamento do voo, Mourão chegaria ao Rio pouco antes das 17 horas para acompanhar com Bolsonaro o encerramento da apuração.
Mourão, que circula sem seguranças e diz que gosta de poder "jogar vôlei na praia" e correr sem ninguém por perto, não se considera um potencial alvo de ataques. "Eu não preciso. Eu não sou alvo. A minha segurança é a minha capacidade de correr", disse rindo e comentando sua performance.
Neste domingo, por exemplo, ele correu oito quilômetros depois de votar. Mourão, que foi interrompido várias vezes no aeroporto e quando votava para tirar fotos com apoiadores, contou que "em todo esse período" só uma vez foi xingado. "O rapaz me chamou de nazista, de fascista. Eu mandei um abraço e um beijo para ele e segui em frente", disse ele, ao comentar que deverá ocupar o Palácio do Jaburu. "Jaburu é a parte que me toca nesse latifúndio, a não ser que Bolsonaro queira ir pra lá", afirmou ele. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Votações no Congresso elevam rombo e acendem alerta na equipe de Bolsonaro

As votações têm sido monitoradas com preocupação pelo time econômico de Bolsonaro, liderado pelo economista Paulo Guedes

A situação pode tornar ainda mais difícil a missão do próximo governo de reequilibrar as contas do País / Foto: Marcelo Camargo/Arquivo Agência Brasil
A situação pode tornar ainda mais difícil a missão do próximo governo de reequilibrar as contas do País
Foto: Marcelo Camargo/Arquivo Agência Brasil
Estadão Conteúdo

A retomada dos trabalhos do Congresso Nacional após o primeiro turno das eleições está rendendo uma fatura salgada ao próximo presidente da República. Os parlamentares já derrubaram o veto presidencial ao piso salarial de agentes comunitários de saúde (com impacto de R$ 4,8 bilhões até 2021) e aprovaram uma proposta mais generosa de renegociação de dívidas de produtores rurais ao custo de R$ 5,2 bilhões (o governo havia se disposto a bancar uma conta menor, de R$ 1,5 bilhão). E outras votações, com potencial novos abalos nos cofres públicos, estão na fila.
O movimento acendeu um sinal de alerta na equipe do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL). As votações têm sido monitoradas com preocupação pelo time econômico de Bolsonaro, liderado pelo economista Paulo Guedes, já nomeado como ministro da Fazenda antes mesmo do resultado das urnas.
Segundo apurou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), a avaliação é de que o presidente Michel Temer está deixando o caminho aberto em vez de barrar a pressão dos parlamentares por medidas que têm impacto nos cofres.
Há o temor de que esse "fim de festa" custe caro e torne ainda mais difícil a missão do próximo governo de reequilibrar as contas do País. Informações sobre o custo das votações têm sido transmitidas ao grupo de Paulo Guedes até mesmo por integrantes do governo para que os aliados de Bolsonaro "tomem pé da situação".


Uma das medidas que podem ser votadas e que podem criar um custo extra é a medida provisória que institui o programa Rota 2030, que define a nova política industrial para o setor automotivo.
O relator, deputado Alfredo Kaefer (PP-PR), decidiu incluir na MP a extensão antecipada do programa regional de incentivos a fabricantes de veículos instaladas no Norte e no Nordeste, além de restabelecer a desoneração da folha de pagamentos para alguns setores e reabrir o programa que dá descontos às empresas que tenham dívidas superiores a R$ 15 milhões com o governo na renegociação desses débitos.

Rota 2030

O governo Temer ainda calcula qual seria o impacto das mudanças feitas no Rota 2030, mas já sabe que o custo final será maior do que o previsto inicialmente se não houver nenhuma reversão durante a tramitação. O programa previa R$ 2,1 bilhões em incentivos em 2019.
Além da fatura adicional, o próximo governo corre o risco de ficar sem os R$ 10,72 bilhões em receitas esperadas com a mudança na tributação dos chamados "fundos exclusivos", voltados para investidores de alta renda. A medida, que também tem Kaefer como relator, precisa ser aprovada ainda este ano para que possa valer já em 2019. A proposta é considerada importante para as contas públicas pelo time de Guedes.
No ano passado, uma MP editada por Temer para mudar a tributação desses fundos acabou perdendo a validade depois que os próprios aliados do governo no Congresso Nacional trabalharam nos bastidores contra a proposta.
Com índice de renovação elevado no Congresso, muitos parlamentares que ainda têm hoje poder de voto nas duas casas não terão mais mandato a partir de fevereiro de 2019.
Na avaliação de integrantes da equipe de Bolsonaro, esse é um ingrediente que desincentiva a responsabilidade fiscal nas votações, pois haverá maior interesse em atuar pelas causas próprias. Isso traz ainda mais preocupação sobre a possibilidade de outras medidas de impacto serem aprovadas até o fim do ano.

'Realmente, o Brasil merece o melhor', diz Bolsonaro a Haddad

''Senhor Fernando Haddad, obrigado pelas palavras! Realmente, o Brasil merece o melhor'', disse Bolsonaro após Haddad lhe desejar sucesso

Bolsonaro utilizou o Twitter para agradecer a Haddad / Foto: RICARDO MORAES / POOL / AFP
Bolsonaro utilizou o Twitter para agradecer a Haddad
Foto: RICARDO MORAES / POOL / AFP
Estadão Conteúdo

O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) agradeceu na tarde desta segunda-feira (29), via redes sociais, a mensagem do concorrente derrotado Fernando Haddad (PT).
"Senhor Fernando Haddad, obrigado pelas palavras! Realmente, o Brasil merece o melhor", escreveu o presidente eleito.


Pela manhã, Haddad usou as redes sociais para desejar sucesso ao concorrente.
Nesse domingo (28), no discurso de derrota, Haddad não mencionou o nome de Bolsonaro nem o parabenizou. Dirigentes petistas disseram ainda que o ex-prefeito de São Paulo não entrou em contato com o presidente eleito, por causa do tom agressivo da campanha no segundo turno.

Desde então, Haddad foi criticado por membros da campanha adversária.

Eleição

Em números absolutos, foram 57,7 milhões de votos para o candidato do PSL, e 47 milhões para o petista.
Depois de obter 46% das preferências no primeiro turno, Bolsonaro elevou sua votação na segunda rodada eleitoral em 9 pontos porcentuais, ou 7,8 milhões de votos. Haddad, que conquistou 29% no dia 7 de outubro, ampliou ainda mais seu eleitorado no domingo, 28, em 15 pontos porcentuais - em números absolutos, foram quase 15 milhões de votos a mais.

Caixas 'misteriosas' aparecem em praias de Pernambuco e outros estados



Por TV Jornal 
Reprodução/TV Jornal
O aparecimento de caixas em praias do Litoral da Região Metropolitana do Recife está chamando a atenção de banhistas pernambucanos. O material, que também já foi encontrado em Alagoas e na Paraíba, foi achado em praias do litoral de Jaboatão dos Guararapes, Paulista e Olinda. 
Primeiro, duas caixas teriam aparecido no último sábado (27), na praia de Bairro Novo, em Olinda. Segundo os comerciantes, depois de analisar o material, um grupo teria retirado os dois objetos do mar e deixado nas pedras.
Na manhã desta segunda-feira (29), mais duas caixas foram encontradas, há pouco metros do local onde as outras foram vistas pela última vez. Segundo os banhistas, o mar estava cheio e arrastou os objetos até as pedras. Sete caixas já foram encontradas em Pernambuco.
Os objetos pesam em torno de 100 quilos, cada, e são cobertos por um material desconhecido, semelhante a um plástico. O gari José Liberato encontrou o material, enquanto trabalhava na limpeza da praia.

Ibama

Segundo Adriano Artoni, voluntário do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), todas as caixas encontradas estão sendo levadas para a prefeitura de Jaboatão dos Guararapes.

Imprensa internacional destaca vitória de Bolsonaro

Veículos de diferentes países deram destaque à vitória do presidente eleito

Eleição presidencial se tornou destaque internacional / Foto: Reprodução
Eleição presidencial se tornou destaque internacional
Foto: Reprodução
Agência Brasil

A imprensa internacional destacou neste domingo (28) a vitória de Jair Bolsonaro (PSL) para a Presidência da República. 
Principal jornal norte-americano, o The New York Times afirma que o Brasil é o mais recente país a se encaminhar para a extrema direita, elegendo um populista como presidente “na mais radical mudança política desde que a democracia foi restaurada há mais de 30 anos”. “O novo presidente, Jair Bolsonaro, exaltou a ditadura militar do país, defendeu a tortura e ameaçou destruir, prender ou mandar para o exílio seus oponentes políticos”, diz o texto.
O jornal inglês The Guardian traz em sua manchete na versão online a vitória do candidato do PSL. “Um populista de extrema-direita, pró-armas, pró-tortura foi eleito como o próximo presidente do Brasil após uma eleição dramática e profundamente dividida que deve mudar radicalmente o futuro da quarta maior democracia do mundo”, afirma a reportagem. Segundo o veículo, Bolsonaro construiu sua campanha com os lemas de combate à corrupção, ao crime e a uma suposta ameaça comunista no país.
O francês Le Monde também traz a eleição de Bolsonaro em sua manchete, ressaltando que o presidente eleito promete “mudar o destino do país”. O jornal ainda destaca que Fernando Haddad, o candidato do PT derrotado no segundo turno, pediu que “seus 45 milhões de eleitores sejam respeitados”.

Latinos

O espanhol El País publica em sua manchete que a vitória de Bolsonaro leva a extrema direita ao poder no Brasil. Segundo a reportagem, o ultradireitista Bolsonaro, “nostálgico da ditadura”, ganhou de forma contundente a eleição. “Ambos [Bolsonaro e Haddad] se enfrentaram em uma campanha marcada pela tensão, pelo triunfo da desinformação nas redes sociais, e, sobretudo, pelas atitudes antidemocráticas de Bolsonaro”, diz o jornal espanhol.
O argentino El Clarín afirma que a campanha de Bolsonaro se baseou nas denúncias contra a corrupção de governos petistas e contra a insegurança pública. Citando o discurso de Bolsonaro após a confirmação de sua vitória, o jornal destacou que o presidente eleito se comprometeu a "seguir a Constituição, a democracia e a liberdade", citou a Bíblia e disse que fará reformas para transformar o país em uma nação "grande, livre e próspera". 

Bolsonaro diz que cumprirá promessas e governará 'ao lado' da Constituição

Com mais de 97% das urnas apuradas, o pesselista obteve pouco mais de 55% dos votos válidos, contra 44% de Fernando Haddad (PT)

Inicialmente, Bolsonaro fez uma referência religiosa e agradeceu aos médicos que cuidaram de sua saúde, após o atentando à faca que sofreu no dia 6 de setembro / Foto: Redes Sociais/Agência Brasil
Inicialmente, Bolsonaro fez uma referência religiosa e agradeceu aos médicos que cuidaram de sua saúde, após o atentando à faca que sofreu no dia 6 de setembro
Foto: Redes Sociais/Agência Brasil
Agência Brasil

O presidente eleito do país Jair Bolsonaro (PSL) usou sua conta oficial no Facebook, que tem mais de 8 milhões de seguidores, para transmitir seu primeiro discurso após a vitória. Com mais de 97% das urnas apuradas, o pesselista obteve pouco mais de 55% dos votos válidos, contra 44% de Fernando Haddad (PT).


Foram quase 8 minutos de pronunciamento na rede social, ao lado de sua esposa, Michele, e de uma tradutora de Libras (Língua Brasileira de Sinais). As imagens foram gravadas na casa do próprio candidato eleito. Sobre a mesa, havia exemplares da Bíblia, da Constituição e de um livro sobre o ex-primeiro ministro britânico Wiston Churchill, que liderou o Reino Unido durante a Segunda Guerra Mundial.
Inicialmente, Bolsonaro fez uma referência religiosa e agradeceu aos médicos que cuidaram de sua saúde, após o atentando à faca que sofreu no dia 6 de setembro. "Fizemos uma campanha diferente das outras. Nossa bandeira e nosso slogan, fui buscar naquilo que muitos chamam de caixa de ferramentas para consertar o homem e a mulher: a Bíblia sagrada".

Decisão

Ele lembrou que tomou a decisão de disputar a Presidência da República há quatro anos. "A verdade tem que começar a valer dentro dos lares, até o ponto mais alto, que é a Presidência da República. O povo, mais que o dever, tem o direito de saber o que acontece em seu país. Graças à Deus, essa verdade o povo entendeu perfeitamente. Alguém sem um grande partido, sem um fundo partidário, com grande parte da grande mídia o tempo todo criticando, colocando-me numa situação, muitas vezes, próximo a uma situação vexatória".

Sem fazer referência a Fernando Haddad, o presidente eleito falou que o país clamava por mudança e fez críticas à esquerda, prometendo governar sem indicações políticas. "Não podíamos mais continuar flertando com o socialismo, o comunismo e o extremismo da esquerda. (...) O que eu mais quero, seguindo o ensinamento de Deus, ao lado da Constituição brasileira, inspirando-se em grandes líderes mundiais e com uma boa assessoria técnica e profissional, isenta de indicações políticas de praxe, começar a fazer um governo, a partir do ano que vem, que possa colocar o Brasil em um lugar de destaque", afirmou.

Governabilidade

Bolsonaro disse ainda que terá governabilidade, "dado os contatos que fizemos ao longo dos últimos anos" e disse que "todos os compromissos assumidos com essas bandeiras serão cumpridos, com o povo em cada local do Brasil em que estive presente".
Minutos depois, Bolsonaro falou em rede nacional, para emissoras de rádio e televisão do país. Antes de ler o discurso escrito, houve um rápido momento de oração, puxado pelo senador Magno Malta (PR), integrante da bancada evangélica e aliado do presidente eleito. Nesse segundo pronunciamento, Bolsonaro voltou a agradecer a Deus e ao povo brasileiro e falou dos diversos compromissos assumidos.

domingo, 28 de outubro de 2018

Quem são Jair Bolsonaro e Fernando Haddad?

Neste domingo (28), o país irá decidir quem será o novo presidente. Nas vésperas, as pequisas mostram o candidato do PSL ainda na frente, mas viu sua vantagem diminuir em relação ao petista

O fruto do baixo clero x o ungido de Lula / Foto: AFP
O fruto do baixo clero x o ungido de Lula
Foto: AFP
JC Online

O deputado Jair Bolsonaro (PSL) chegou à véspera do segundo turno da eleição presidencial em vantagem sobre Fernando Haddad (PT). Na pesquisa Datafolha encerrada neste sábado (27), o capitão reformado aparece com 55% das intenções de votos válidos e vantagem de 10 pontos percentuais sobre o petista, que está com 45%. O Ibope mostra o deputado federal com 54% dos votos válidos contra 46% do ex-prefeito de São Paulo. Os números excluem brancos, nulos e indecisos.
O levantamento Datafolha sugere que a diferença entre os dois candidatos se estreitou mais um pouco nos últimos dias, com pequenas oscilações nas suas preferências, dentro da margem de erro do estudo, que é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Desde quinta (25), quando foi concluída a sondagem anterior, Bolsonaro oscilou negativamente, de 56% para 55% das intenções de votos válidos. Haddad oscilou positivamente, de 44% para 45%.
A diferença era de 18 pontos percentuais há nove dias. Apesar da perda de apoio desde então, Bolsonaro conservou a maior parte dos seguidores que conquistou com a onda que lhe deu impulso na primeira fase da campanha. 
Segundo o Datafolha, 8% dos eleitores estão inclinados a votar em branco ou anular o voto, enquanto 5% dizem que ainda não sabem em quem votar. Somados, os eleitores sem candidato representam 13% do eleitorado.  O Datafolha fez 18.371 entrevistas em 340 municípios na sexta (26) e no sábado. A pesquisa foi contratada pela Folha e pela TV Globo, e foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral com o número BR-02460/2018. 
O levantamento sugere que a maioria dos eleitores estão decididos e que poucos deixaram para definir o voto neste domingo (27). Segundo o Datafolha, 94% dos apoiadores de Bolsonaro e 93% dos que votam em Haddad dizem estar totalmente decididos. 
Entre os eleitores que pretendem votar em branco ou anular, 23% disseram que ainda podem mudar.
Haddad chegou ao fim da campanha despertando maior antipatia no eleitorado do que Bolsonaro. Segundo o Datafolha, 52% dos eleitores dizem que não votariam no petista de jeito nenhum. A taxa de rejeição de Bolsonaro é de 45%. 
Os números do Datafolha mostram que nas últimas semanas Bolsonaro perdeu mais votos entre os homens do que entre as mulheres, entre os mais velhos e os mais ricos. Ele perdeu terreno em todas as regiões do País, mas conservou o apoio no Sudeste, o maior colégio eleitoral. Haddad manteve vantagem expressiva sobre o adversário no Nordeste e ganhou apoio nas últimas semanas em todas as outras regiões. 
Segundo o Datafolha, ele tem mais votos do que Bolsonaro entre eleitores mais pobres, com renda de até dois salários mínimos, e os menos escolarizados. 


IBOPE

No levantamento do Ibope, a distância na corrida presidencial entre os dois candidatos caiu para oito pontos percentuais.  Considerando o total de votos, Bolsonaro tem 47%, contra 41% de Haddad. Brancos e nulos somam 10%. Outros 2% estão indecisos. 
Pesquisa anterior, divulgada em 23 de outubro, mostrou Bolsonaro com 57% dos votos válidos, e Haddad, com 43%. No primeiro turno, Bolsonaro teve 46% dos votos válidos, e Haddad, 29%. O levantamento (BR-02934/2018), feito entre sexta e este sábado, foi contratado pela  TV Globo e O Estado de S.Paulo, ouvindo  3.010  eleitores. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%.

Fruto do baixo clero

Aos 63 anos e com 28 anos de Congresso, Jair Messias Bolsonaro deixa condição de coadjuvante

Há pouco mais de um ano, em 2 de fevereiro de 2017, a Câmara dos Deputados escolhia Rodrigo Maia (DEM) para presidir a Casa no biênio 2017-2018. O que muitos não se lembram é que, um dia antes da votação, sem fazer alarde algum, o deputado federal Jair Bolsonaro, então filiado ao PSC do Rio de Janeiro, registrou sua candidatura ao posto. No pleito, diferentemente de Maia, que recebeu 293 votos, o capitão reformado do Exército foi lembrado por apenas quatro colegas de Parlamento, ficando em último lugar na disputa.
De lá para cá, muita coisa mudou na vida de Jair Messias Bolsonaro, de 63 anos. Paulista de Glicério, cidade situada a 494 quilômetros de São Paulo, o parlamentar está cumprindo o sétimo mandato de deputado federal e, depois de um longo período de ascensão, hoje pode se dizer muito mais popular do que naquele momento, quando já almejava chegar ao Palácio do Planalto. No início deste mês, no primeiro turno de uma eleição presidencial marcada por um atentado à faca contra a sua vida, Bolsonaro conquistou os votos de quase 50 milhões de brasileiros e chega à segunda fase do embate à frente do seu oponente, Fernando Haddad (PT), em todas as pesquisas.
Existe uma explicação, contudo, para a derrota do deputado na disputa pela presidência da Casa Baixa. Bolsonaro, que filiou-se em 2018 ao PSL, sempre integrou o chamado baixo clero da Câmara, ou seja, tinha pouca influência entre seus pares. Em entrevista a Rádio Jornal em agosto deste ano, por exemplo, o senador Armando Monteiro (PTB), que foi deputado federal por três mandatos consecutivos – entre 1999 e 2011 –, disse considerar o militar um “parlamentar bisonho”. O petebista completou dizendo que Bolsonaro tinha “pouca presença”, “pálida participação no Congresso” e era um “deputado fraco”.

“O perfil de Bolsonaro durante o tempo que passou no Congresso é de um parlamentar mediano, aquele que não vem de base ideológica muito consistente, do ponto de vista da agenda dos principais temas que afetam diretamente a população, como as reformas. Além disso, integrante do Centrão, ele demonstrou que fatores da conjuntura política do momento – como a popularidade do governo – interferem na maneira como ele se posiciona sobre os temas da agenda”, pontuou Priscila Lapa, cientista política da Faculdade de Ciências Humanas de Olinda (Facho).
Durante os 28 anos em que passou no Congresso Nacional, Bolsonaro foi favorável a projetos como as reformas trabalhista e do Ensino Médio, mas se opôs à aprovação da lei que garante direitos às empregadas domésticas, à reforma da Previdência proposta em 2003 pelo presidente Lula (PT) e à adoção do programa Escola sem Homofobia, ao qual costuma referir-se como kit gay.
Neste período, apesar de ter apresentado 171 projetos de lei, de lei complementar, de decreto de legislativo e propostas de emenda à Constituição (PECs), segundo o Estado/Broadcast, o parlamentar conseguiu aprovar dois projetos. Uma das iniciativas ampliou a isenção do Imposto sobre Produto Industrializado (IPI) para bens de informática e a outra autorizou o uso da fosfoetanolamina sintética, conhecida popularmente como “pílula do câncer”.
Foi como parlamentar, também, que Bolsonaro encarnou com orgulho a figura que seus seguidores hoje chamam de “mito”. Dentro e fora do Congresso, o capitão fez declarações belicistas, homofóbicas, machistas, racistas e chegou, inclusive, a homenagear o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, comandante do Destacamento de Operações de Informações do Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi), um dos maiores centros de repressão durante a ditadura militar. “Pela memória do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, o pavor de Dilma Rousseff”, bradou o capitão da reserva, durante votação do impeachment da presidente petista. É réu em duas ações no Supremo Tribunal Federal (STF) por apologia ao estupro.
Casado com Michelle Bolsonaro desde 2013, o presidenciável tem cinco filhos. Somente a mais nova, Laura, de 7 anos, é fruto do atual casamento. Além da pequena, Bolsonaro é pai de Flávio, 37 anos, senador eleito; Carlos, 35 anos, vereador do Rio; Eduardo, 34 anos, deputado federal; e Renan, 19 anos. O parlamentar foi casado outras duas vezes.
Na reta final de campanha, fase eleitoral pontuada por uma série de polêmicas protagonizadas por pessoas do círculo pessoal do deputado, como um dos seus filhos e o candidato a vice na sua chapa, general Hamilton Mourão (PRTB), Jair Bolsonaro evitou eventos públicos, debates e adotou um tom mais moderado, próximo ao centro.

O novo ungido de Lula

Aos 55 anos, Fernando Haddad volta aos holofotes sob as bênçãos do ex-presidente

Em 10 de setembro de 2018, a presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Rosa Weber, negou a prorrogação do prazo para o PT substituir o nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na cabeça de chapa presidencial. O maior cacique petista, que liderava pesquisas de intenção de voto, mesmo estando preso, precisava se retirar do pleito já que teve seu registro de candidatura rejeitado com base na Lei da Ficha Limpa. Um dia depois, o partido anunciava o escolhido para substituí-lo: Fernando Haddad.
Professor de ciência política da USP, Haddad deve sua carreira política a Lula, que bancou sua primeira candidatura a prefeito de São Paulo, em 2012, mesmo quando o acadêmico, hoje com 55 anos, não tinha experiência eleitoral. As circunstâncias renderam o apelido de “poste” pelos rivais. Haddad venceu José Serra (PSDB) no segundo turno, com 55% dos votos válidos. Agora, novamente à sombra do padrinho político, o paulista disputa o segundo turno sob a desconfiança de conseguir ir além da transferência dos votos do ex-presidente, de quem foi ministro da Educação.
“A situação do Haddad é complicada, pois inicialmente o PT identificou ele como, praticamente, uma extensão do Lula. Depois, fizeram uma troca de perfil, tentaram potencializar o Haddad por si só. Mas, com pouco tempo de campanha, isso gerou uma entropia, além de suas dificuldades de se colocar como uma pessoa do povo. O que vejo é que a situação do PT transcende o Fernando Haddad, parece que se estabilizou numa margem de crescimento, além da fácil contrapropaganda. Chamam ele de poste, de pau mandado. No primeiro turno, todos os candidatos trabalharam esse argumento de colocar o Haddad como despreparado. Fora que a campanha é pequena. Antes, você fazia desconstrução mais efetiva. As últimas campanhas do PT são bem elaboradas, mas precisaria de um tempo maior de maturação para a mensagem surtir efeito”, explicou o professor em Comunicação Política da Universidade Presbiteriana Mackenzie Roberto Gondo.
Aos 55 anos, Fernando Haddad é formado em Direito, com mestrado em Economia e doutorado em Filosofia. Casado há 30 anos com Ana Estela Haddad, é pai de Frederico e Ana Carolina. Filiado ao PT desde a juventude, o paulista não é conhecido por sua atuação partidária. Trabalhou como analista de investimento no Unibanco e, em 2001, foi subsecretário de Finanças da Prefeitura de São Paulo na administração de Marta Suplicy. Ele chegou ao governo federal em 2003, quando se tornou assessor de Guido Mantega no Ministério do Planejamento. Dois anos depois, assumiu o Ministério da Educação e ficou no cargo por quase sete anos nos governo Lula e Dilma Rousseff (PT). 
O período coincidiu com a fase de aprovação dos governos do PT. Na pasta, ganhou projeção com programas como o Ideb, o Enem e o ProUni, que financia bolsas de estudo em universidades a alunos de baixa renda. Mas enfrentou polêmicas quando o MEC contratou uma ONG para elaborar um material de orientação de professores para combater a homofobia em sala de aula. O pacote foi batizado de “kit gay” pela bancada evangélica, que protestou até que Dilma engavetasse o programa. O caso é explorado com frequência por adversários — como José Serra em 2012 e Jair Bolsonaro (PSL) neste ano.
Como prefeito da maior capital do País, conseguiu a renegociação da dívida, que desafogou as contas da cidade, e a criação da Controladoria Geral do Município, responsável pela descoberta de escândalos. Em junho de 2013, virou alvo de protestos contra o aumento de tarifas do transporte público, que se estendeu para atos que desgastaram toda a classe política.
Seu governo gerou insatisfações, era acusado de dar muita atenção ao centro e se ausentar da periferia, priorizando ações como a construção de ciclovias e a abertura da Avenida Paulista para pedestres aos domingos. Ao concorrer à reeleição, em 2016, perdeu no primeiro turno para João Doria (PSDB) — algo inédito na cidade desde que as eleições passaram a ter dois turnos, em 1992. 
O petista é alvo de denúncias do Ministério Público com base em delação de Ricardo Pessoa, da empreiteira UTC. O empresário diz que repassou R$ 2,6 milhões em caixa dois para pagar dívidas de campanha em troca de benefícios na Prefeitura de São Paulo. Haddad rechaça a acusação, diz que não há provas e argumenta que contrariou os interesses da UTC no município.

Acidente envolvendo dois carros deixa casal gravemente ferido no Pina



Por TV JornalCom informações do JC Online 
Foto: Diego Nigro/JC Imagem
Um grave acidente aconteceu no bairro do Pina, Zona Sul do Recife,na noite deste sábado (27). De acordo com informações da Polícia Militar, por volta das 21h30, um Fiat Mobi (placa PDV-5623) colidiu com um Meriva de placa LSB-3831, cujos ocupantes seriam um casal.
O acidente ocorreu no cruzamento da Avenida Domingos Ferreira com a Rua Pereira da Costa, nas imediações do Clinical Center. Ainda de acordo com a PM, os integrantes do Mobi seriam três jovens. O casal foi socorrido em estado grave. Os três jovens não correm risco, segundo os policiais. Ainda não há informações sobre o que teria provocado a colisão.

Nenhuma aposta acerta a Mega-Sena e prêmio acumula em R$ 5,5 milhões



Por Agência Brasil 
Foto: Marcello Casal Jr. / Agência Brasil
Nenhuma aposta acertou as seis dezenas Mega-Sena e o prêmio acumulado para o próximo sorteio, segundo estimativa da Caixa, é R$ 5,5 milhões. O concurso 2.092 foi, realizado na noite desse sábado (27), no Caminhão da Sorte estacionado na cidade de Jequié, na Bahia. Os números sorteados foram: 11 - 13 - 15 - 17 - 22 - 27.
O próximo concurso da Mega-Sena será realizado na quarta-feira (31) - Marcello Casal Jr./Agência Brasil
A quina teve 175 apostas vencedoras, cada uma vai receber R$ 7.503,65. A quadra, com 6.609 ganhadores, pagará a cada um R$ 283,84.

Como apostar

O concurso 2.093 será realizado na próxima quarta-feira (31). As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), do dia do sorteio em qualquer loja lotérica credenciada pela Caixa, no país. A aposta simples, com apenas seis dezenas, custa R$ 3,50.

Bolsonaro defende propriedade privada e 'obediência à Constituição'

Bolsonaro usou o seu Twitter para falar sobre o direito à propriedade privada na manhã deste sábado (27)


"Qualquer forma de diferenciação entre os brasileiros não pode ser admitida. Todo cidadão terá seus direitos preservados", afirmou
Foto: Agência Brasil
Estadão Conteúdo

Em uma sequência de três posts publicados no Twitter na manhã deste sábado (27), um deles contendo uma foto em família, o candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) defende o direito à propriedade privada e a "obediência à Constituição".
"A forma de mudarmos o Brasil será através da defesa das leis e da obediência à Constituição, Assim, NOVAMENTE, ressaltamos que faremos tudo na forma da Lei! Qualquer forma de diferenciação entre os brasileiros não pode ser admitida. Todo cidadão terá seus direitos preservados", afirmou.


Propriedade privada

Sobre propriedade privada, Bolsonaro argumentou que este é o nome dado aos "frutos materiais" de nossas escolhas, "quando gerados de forma honesta em uma economia de livre iniciativa". "Seu celular, sua terra são os frutos de seu trabalho e de suas escolhas! São sagrados e não podem ser roubados, invadidos, expropriados!"