Mercado financeiro
Dúvidas sobre Brexit mantêm dólar em alta, mas fluxo ajuda a conter movimento
Estadão Conteúdo
O dólar para julho encerrou em alta, de 0,50%, aos R$ 3,3970, com giro de US$ 14,306 bilhõesFoto: Fotos Públicas
Como consequência da decisão britânica, as notas de crédito do Reino Unido foram rebaixadas hoje pelas agências Standard & Poor's e Fitch. A S&P cortou o rating de longo prazo do Reino Unido de AAA para AA, e manteve a perspectiva negativa. A alegação é de que o Brexit "irá enfraquecer a previsibilidade, a estabilidade e a efetividade do cenário político no país, afetar a economia e o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), bem como seu equilíbrio fiscal e externo". Já a Fitch reduziu a nota de AA+ para AA, com perspectiva negativa, sob o argumento de que o Brexit prejudicará a economia, finanças e política do Reino Unido.
A valorização do dólar frente o real, porém, foi mais contida que no exterior. Isso devido a ingressos de recursos estrangeiros no mercado doméstico. Pesou também a perspectiva de migração de fluxo para cá decorrente da possibilidade de injeção de liquidez por bancos centrais nos mercados para estimular e garantir a estabilidade da economia. Além disso, o aumento da aposta no adiamento da alta de juros nos EUA para início de 2017 ajudou a conter a desvalorização do real.
Segundo operadores de câmbio, houve um movimento de antecipação da rolagem de contratos cambiais (dólar futuro e FRA de cupom cambial) na sessão, que favoreceu a elevação do volume de negócios em geral e também das taxas no mercado de cupom cambial de curto prazo. A taxa do FRA de cupom de agosto na BM&FBovespa subia a 4,00% no final da tarde de segunda-feira, ante taxa de 3,75% do fechamento na sexta-feira.
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